Ana Carolina, o show
Eu não fui ao show da Ana Carolina, mas uma amiga fiel do Descaminho foi e conta alguns detalhes abaixo.
E a canção não podia ter tocado em hora melhor...
Por Lorena Oliveira
Coincidências à parte, digamos que o universo conspirou a meu favor. Quando eu já nem contava mais com essa possibilidade, o convite, o apoio, a certeza e o show. Ana Carolina.
Nem o atraso foi capaz de alterar o meu humor. Eu precisava estar ali. Antes, menos que agora. E agora, mais que nunca.
Ao som de Elevador, imagens lindas de um certo alguém que me desperta o sentimento e... ops, música errada. Volta a fita. Elevador, imagens em flashback. Ok. Mas engraçado... não era para ter sido nessa música. Mas também, conhecendo a minha relação com o inusitado, nem foi de se estranhar. Calma – pensei – vai ter espaço para tudo.
Eu nem me lembro exatamente (e isso não é nenhuma novidade) qual foi a canção responsável por fechar o ciclo. Só sei que fechou. E então, fantasma devidamente exorcizado, hora de curtir o show. De “abrir o novo ciclo”, como chegaram a me dizer.
E a partir daí o show ficou mais leve, mais divertido. Ouvi-la cantar uma suposta orientação sexual foi no mínimo, inesperado. Luis Fernando Veríssimo e Roberto Carlos também deram sua contribuição. Por tabela, até Preta Gil, porque poucas pessoas devem saber que a música cantada (?) por Preta é mesmo de Ana Carolina. E a voz da dona, meu amigo, fez toda a diferença.
“Pra terminar”, eu já achei que Ana Carolina escreveu músicas especialmente pra mim. Mas o curioso, dessa vez, foi como uma música, em especial, pôde ter ganho significados tão opostos. Igualmente importantes, sim (que eu não sou daquelas que renega o passado), mas hoje já sou capaz de achar Ana Carolina um tanto amargurada demais... E a maioria de suas músicas, de tão amarguradas, já não combinam mais comigo. Em todo caso, eu precisava mesmo estar ali.