Descaminho

28.11.04

Ana Carolina, o show



Eu não fui ao show da Ana Carolina, mas uma amiga fiel do Descaminho foi e conta alguns detalhes abaixo.


E a canção não podia ter tocado em hora melhor...

Por Lorena Oliveira

Coincidências à parte, digamos que o universo conspirou a meu favor. Quando eu já nem contava mais com essa possibilidade, o convite, o apoio, a certeza e o show. Ana Carolina.

Nem o atraso foi capaz de alterar o meu humor. Eu precisava estar ali. Antes, menos que agora. E agora, mais que nunca.

Ao som de
Elevador, imagens lindas de um certo alguém que me desperta o sentimento e... ops, música errada. Volta a fita. Elevador, imagens em flashback. Ok. Mas engraçado... não era para ter sido nessa música. Mas também, conhecendo a minha relação com o inusitado, nem foi de se estranhar. Calma – pensei – vai ter espaço para tudo.

Eu nem me lembro exatamente (e isso não é nenhuma novidade) qual foi a canção responsável por fechar o ciclo. Só sei que fechou. E então, fantasma devidamente exorcizado, hora de curtir o show. De “abrir o novo ciclo”, como chegaram a me dizer.

E a partir daí o show ficou mais leve, mais divertido. Ouvi-la cantar uma suposta orientação sexual foi no mínimo, inesperado. Luis Fernando Veríssimo e Roberto Carlos também deram sua contribuição. Por tabela, até
Preta Gil, porque poucas pessoas devem saber que a música cantada (?) por Preta é mesmo de Ana Carolina. E a voz da dona, meu amigo, fez toda a diferença.

“Pra terminar”, eu já achei que Ana Carolina escreveu músicas especialmente pra mim. Mas o curioso, dessa vez, foi como uma música, em especial, pôde ter ganho significados tão opostos. Igualmente importantes, sim (que eu não sou daquelas que renega o passado), mas hoje já sou capaz de achar Ana Carolina um tanto amargurada demais... E a maioria de suas músicas, de tão amarguradas, já não combinam mais comigo. Em todo caso, eu precisava mesmo estar ali.

27.11.04

Nove Rainhas, hoje, na TV


Assista a Nove Rainhas e saia assobiando Il ballo del mattone

Hoje, meia-noite deste sábado para domingo, o SBT apresenta, enfim, um bom filme. Trata-se de Nove Rainhas, do diretor Fabián Bielinsky. É a história de dois malandros argentinos que tentam roubar selos raríssimos (Nove Rainhas).

Roteiro bom como nunca, tem humor inteligente e é um filme-símbolo do que há de melhor do cinema argentino recente. Para ver, gravar e rever. E para cantar também, já que conta com a ótima canção Il ballo del mattone, de Rita Pavone.

Nove Rainhas
Madrugada de sábado para domingo, 0h00, no SBT
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Para quem já viu o filme: Steven Soderbergh vai refilmar Nove Rainhas

Último dia de jornada

Tem última apresentação hoje, às 16h, 17h30, 19h e 20h30, a Jornada Interior, peça desenvolvida pela Cia Zabriskie.

É uma peça intimista, com apenas sete pessoas por sessão, e com uma viagem diferente à platéia. Cada ator ou atriz contracena com uma pessoa da platéia. É possível fazer reservas antecipadamente. Contatos: 242-1542 e 9631-8305

Serviço
Jornada Interior
Direção: Ana Cristina Evangelista
Elenco: Ana Cristina Evangelista, Deusimar Gonzaga, Lívia Martins e Vinícius Vargas
Convidados para o elenco: Guilherme Margonari, Maurício Menázen e Vivyane Garbelini
Produção: Marcus Fidelis
Ingressos: Inteira R$ 20 e meia R$ 10 (meia-entrada para menores de 18 anos, maiores de 60, estudantes e nas compras antecipadas)

26.11.04

Para você que perguntou

Informações sobre o show de Ana Carolina, que acontece hoje, podem ser lidas na mensagem abaixo, postada no dia 13 de novembro:
http://descaminho.blogspot.com/2004/11/informao.html#comments

Cabotinagem

Se eu não disser, ninguém vai falar por mim. Então informo a você, leitor, que estou concorrendo em quatro categorias do Ibest. Se quiser votar neste site nas quatro categorias, você terá que clicar uma vez em cada link abaixo. Desde já, obrigado por passar por aqui, independente do seu voto.

Categoria Goiás

Categoria Arte e Cultura

Categoria Serviços e Variedades

Categoria Entretenimento

25.11.04

O que nos faz humanos

Autor de As origens da virtude e Genoma, o jornalista britânico Matt Ridley (ex-editor de ciência da revista The Economist) lança mais um livro que alimenta uma antiga polêmica científica. O que nos faz humanos é direcionado aos leigos, mas tem profundidade, fluidez e muito senso de humor.

A polêmica em questão é o velho debate entre natureza e criação (nature e nurture). São os genes que determinam as características de uma pessoa? Ou é o ambiente em que ele vive? Ridley diz que este é um falso problema e que, na verdade, as duas idéias não se contradizem.

Às vezes tem-se a impressão de que Matt Ridley faz o problema parecer simples para poder combatê-lo com argumentos também simples mas, no geral, evidencia nas entrelinhas que a polêmica não está resolvida.

Não é a primeira vez que alguém aponta a solução conciliadora, ainda mais em tempos de hegemonia do pensamento politicamente correto. O que faz o livro ser interessante não é a tese defendida pelo autor, mas a forma como é escrito e enfocado.

Serviço
O que nos faz humanos
Editora Record, 408 págs, R$ 44,90

24.11.04

Réu e Condenado

Encartado na revista Outracoisa (R$ 12,90), editada por Lobão, o CD Um Compêndio Lírico de Dor e Escárnio, dos jovens goianos Réu e Condenado, está nas bancas há duas semanas.

A banda é formada por Daniel Drehmer e Francis Leech, não necessariamente nesta ordem. Eles usam teclado de brinquedo nos shows, abusam de paródias bem feitas e sempre tem alguém pronto para compará-los aos Mamonas Assassinas.

O pop rock espirituoso é a marca da dupla. Este CD tem participação de Wander Wildner, Fabrício Nobre, Kátia Aguiar e Márcio Júnior. O próximo show da banda na cidade será no Goiânia Noise, dia 11, no Martim Cererê.

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Como aperitivo, antes de comprar o CD, é possível baixar, no próprio sítio oficial da banda, três das canções do disco e ainda as letras completas de todas as músicas.

As canções disponíveis para download são Funcionário do mês, Hino da nossa geração e Jardineiro Carlos.

O sítio para baixar as músicas é www.reuecondenado.com.br. Lá, basta clicar na frase Se você for surdo, não clique aqui.

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O melhor show que vi deles, até hoje, e que me impressionou muito, foi o realizado no Projeto Insônia (da meia-noite às seis), no Martim Cererê, no dia 31 de maio do ano passado.

Havia apenas 20 espectadores e o show deles estava programado para começar às quatro da manhã. Foi cancelado? Que nada. Eles não ligaram para o pouco público e fizeram um show fantástico, bem feito e que durou quase duas horas.

Aliás, por falar no Projeto Insônia, por que ele não volta?

23.11.04

Má Educação



Embora menos simbólico, o espanhol Pedro Almodóvar chegou ao ápice de sua carreira com Má Educação. Em termos sentimentais o novo filme do cineasta não ganha de Fale com Ela, mas tem linguagem melhor trabalhada do que toda a sua obra anterior, inclusive Tudo Sobre Minha Mãe.


Fazer um filme dentro do filme e brincar com isso não é propriamente o trunfo. De metalinguagem a história do cinema já está cheia. O diferencial é apresentar uma realidade dentro da outra, com o paralelo do filme dentro do filme sendo a peça que faltava. A fusão simultânea e quase invisível entre os filmes — e entre ficção e realidade — cria outros mecanismos de entendimento.


Bobagem, no entanto, pensar que Almodóvar tem fetiche pela linguagem. O contorno noir, apesar de duro, deixa o filme ainda mais interessante. Aquilo que todo cineasta deveria perseguir: fazer a linguagem sofisticada ajudar - e não atrapalhar - a contar uma história que, por si só, já chamaria a atenção. E sem recorrer ao melodrama, o que seria tentação fácil para qualquer um que fosse tratar um tema tão delicado como pedofilia na Igreja Católica.

O Almodóvar de agora está frio? Pelo contrário. Emociona sim, mas em um patamar mais sofisticado. Por isso merece ser visto e revisto.


22.11.04

O celular não existia



O texto do link abaixo (O bom e o mau fã) é de Vinicius de Moraes, publicado em 25 de fevereiro de 1943. Verdade: o texto já tem mais de 60 anos de idade. A crônica revela o amor do poeta pela sétima arte, é machista ao cubo e escancara problemas que hoje continuam vivos em todos os cinemas.

Para ler o texto O bom e o mau fã, clique aqui.

Quem quiser ver outros textos sobre cinema de Vinicius, deve procurar em algum sebo o livro Crítica de cinema. Mas a opção mais fácil é comprar O Cinema de meus olhos (Companhia das Letras), lançado em 1991 e facilmente encontrado nas livrarias da internet.

21.11.04

As aventuras de Chrissie Hynde continuam...

Dia 28 de outubro, Chrissie Hynde fez show em São Paulo. As vaias foram poucas e ficaram restritas ao começo do show.

No dia seguinte, 29, esteve no Goiânia Arena. Foi aquele fracasso que todo mundo já sabe. Entre outras coisas, a vegetariana convicta reclamou dos goianos, que comem muita carne.

Dia 12 de novembro foi a vez do Morro da Urca, no Rio de Janeiro, receber a ex-musa dos Pretenders. Levou um copo de gelo na cabeça, foi vaiada como nunca, xingou como sempre e ainda disse que os cariocas não gostavam dela porque ela "não era negra".

Ela fez show também em Belém, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Porto Alegre. Se alguém tiver notícia de como foram esses "espetáculos", avise-me.

19.11.04

Diários de Motocicleta segue em cartaz



Diferentemente do previsto, não saiu de cartaz ontem o filme Diários de Motocicleta. O bom público que tem comparecido às sessões do Cine Cultura fez com que o cinema prorrogasse a exibição do filme por mais uma semana.

A película conta a primeira viagem do então quase médico Ernesto Che Guevara e seu amigo bioquímico Alberto Granado pela América do Sul, época em que tomaram consciência das desigualdades sociais do continente.

Baseado em dois diários dos protagonistas, o filme de Walter Salles tem Gael García Bernal (foto acima) no papel de Che e Rodrigo de la Serna interpretando Granado.

Vi o filme ontem pela terceira vez, a primeira no Cine Cultura. O cinema da Praça Cívica deu um ar mais "intimista" para a história, em função da tela menor e do som mais rústico.

Ficou mais claro para mim o domínio pleno da técnica por parte da equipe de Salles, o bem-contado road movie e o humor bem dosado.

De problemas, diálogos rebeldes pouco convincentes e descontextualizados por parte de Che e o exagero nas histórias de farra, bem diferente do que ocorre nos livros originais de Che e Granado.

O filme tem dificuldades em convencer o espectador da transformação por que passou Ernesto até virar Che Guevara e, infelizmente, mais parece uma visão do diretor que acaba de descobrir a América Latina do que do próprio Che. Teria o diretor se autoprojetado na imagem de Che e, a partir disso, feito dele uma espécie de alter ego esquerdista?

Verdade que são raros os diretores que escapam da tentação autobiográfica (o que, por si só, não é algo bom ou ruim), mas Salles exagera ao moderar ainda mais um Che Guevara que, jovem, já era muito moderado.

O filme é entretenimento de boa qualidade. Aliás, é mais do que isso. Mas tem problemas, alguns até sérios, inclusive as tradicionais recaídas melodramáticas na metade final. O que mostra que Salles, ao contrário do que se imaginava, não amadureceu. Está ainda jovem, no mau e bom sentido, e sonha em descortinar o mundo. Enquadra personagens históricos na sua visão pessoal de sociedade, gerando inverossimilhança. E se mostra aberto ao diálogo, ainda que ninguém saiba em que medida.

18.11.04

Falabella com sucrilhos



O último dia 12 revelou em Goiânia uma nova candidata a pior peça do ano. A primeira noite de um homem, texto de Terry Johnson que virou um grande filme nas mãos do diretor Mike Nichols, se transformou em peça de quinta qualidade pelas mãos de Miguel Falabella.

Na peça, estrelada por Vera Fischer, nada se encaixa. As atuações de Vera, sua filha Rafaela, Armando Babaioff (que interpreta o jovem Benjamin Braddock) e demais atores é sofrível. Há momentos que tudo parece uma esquete de Os Trapalhões e, em outros, parecemos estar diante de um espetáculo trash.

A serenidade do texto original foi para o lixo com Falabella, que excluiu todas as sutilezas da história e transformou tudo em um grande pastelão. A cena final, que troca o mistério da viagem de ônibus por sucrilhos, deixou os espectadores arrasados.

A dica é então alugar ou comprar o DVD do filme original (geralmente vendido por menos de R$ 20), para tentar apagar a peça da memória. Filme revelador de um conflito de gerações, Anne Bancroft, Dustin Hoffman e Katharine Ross têm atuações perfeitas. O texto não derrapa, as tomadas são precisas e o início do filme (Benjamin na esteira de um aeroporto) é hoje um clássico do cinema. Sem contar Mrs. Robinson, canção de Art Garfunkel e Paul Simon que ajudou a eternizar a película de 1967.

Balanço da mostra francesa


Amizade sem Fronteiras: música, sexo e estrada

A seguir, comentários de três dos sete filmes que estiveram em cartaz na terceira mostra de cinema francês, encerrada na quinta-feira, 11, em Goiânia.

Uma Amizade sem Fronteiras
De François Dupeyron, baseado em livro de Eric-Emmanuel Schmitt, o filme Uma Amizade sem Fronteiras namora com o pieguismo, mas consegue se salvar. O filme narra a aproximação entre um dono de mercearia muçulmano e um garoto judeu, negligenciado por seu pai.

A história se passa em Paris e há alguns detalhes bem construídos. Um deles é a amizade e admiração recíproca entre o garoto judeu e as prostitutas vizinhas. Há quase tudo que uma boa película ambientada nos anos 60 tem: música, sexo e road movie. Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro e ganhou o César de Melhor Ator (Omar Sharif).

Dupla Confusão
Até o humor escrachado pode se dar bem no cinema. Exemplo recente é o besteirol Dupla Confusão, de Francis Veber (roteirista de A Gaiola das Loucas), que conta a história de trapaceiros atrapalhados e com muita sorte envolvidos em pequenos golpes.

O que exatamente salva o filme? O fato de não se levar a sério, o humor rasgado e a boa atuação dos protagonistas Gérard Depardieu e Jean Reno.

A Voz do Coração
Vez de comentar aquele que, de longe, foi o pior filme da mostra de cinema francês. Sinta só: um homem assume um cargo de professor de música em uma escola de diretor autoritário. Tenta ensinar a arte e a liberdade, contrariando o diretor e ganhando a simpatia dos alunos. História manjada, não? Pois assim é A Voz do Coração, filme que abriu a mostra.

Favorito francês ao Oscar, o filme de Christophe Barratier repete a velha fórmula que o americano Sociedade dos Poetas Mortos consagrou: todos se emocionam ao ver um professor injustiçado que reabilita crianças tidas como perdidas. Mas o clichê ainda é maior: o professor usa os alunos para relembrar sua própria infância. O que falta em originalidade, sobra em sentimentalismo barato.

Wimbledon

Não é preciso ser esperto para imaginar que um filme chamado Wimbledon - o jogo do amor é previsível. A história, mais um capítulo da saga entre Romeu e Julieta, é sobre um tenista em fim de carreira que se apaixona por uma colega campeã.

É claro que a paixão o fará reencontrar seu melhor jogo. E também é claro que o pai da moça vai ser contra o relacionamento. Há boas tiradas, belas paisagens, um casal bonito, mas nada que não possa ser esquecido trinta minutos depois de acabado o filme.

Dirigido por Richard Loncraine, com Kirsten Dunst, Paul Bettany e Sam Neill.

Mostra de janeiro está confirmada

Confirmado para o dia 20 de janeiro o início da quarta edição da mostra O Amor, A Morte e As Paixões. Ao todo, serão exibidos 37 longas, com sessões diárias nas duas salas do Shopping Bougainville, de meio-dia até meia-noite.

A mostra promete, ainda, um novo modelo de debates, diferente das três edições anteriores.

Alguns dos convidados dos debates: a psicanalista Maria Rita Kehl, os críticos Ismail Xavier e Jean-Claude Bernardet, além de Roselis Batista, professora de cinema em Paris.

Excêntrica rouba a cena



Melhor do que Chrissie Hynde (Pretenders), Colin Hay (Men at Work) fez em Goiânia, no último dia 5, um show animado e excêntrico.

Das canções de Men at Work, apenas algumas aparecerem. Entre elas, It´s a Mistake e Be Good Johnny. Outros dois sucessos, Down under e Overkill, foram apresentados em versão acústica.

Colin, no entanto, se comportou bem. Ao contrário de Chrisse Hynde, disse a que veio, deixando o blá-blá-blá de lado.

A excentricidade ficou por conta da dançarina peruana Cecilia Noël (foto acima), esposa de Colin. Orientada sabe-se lá por quem, passou o show todo no palco dançando coreografias inusitadas, que nada tinham a ver com as músicas interpretadas. Misturou "Frutos da Terra" em câmera lenta com lambada e polichinelos. Cecilia também fez propaganda do novo CD de Colin, distribuído no Brasil pela Indie Records.

13.11.04

Informação

Oficial: o show de Ana Carolina em Goiânia será dia 26 de novembro, sexta-feira, às 22 horas, no Clube Jaó.

Ingressos antecipados podem ser adquiridos, desde já, na Tribo do Açaí. Confira os preços:
R$ 50 - camarote
R$ 70 - cadeira numerada inteira
R$ 35 - cadeira numerada meia
R$ 40 - pista inteira
R$ 20 - pista meia

Mais informações pelos fones 3092-2333 e 515-0798

5.11.04

Tensão pós-Pretenders

O antigo líder da banda Men At Work, Colin Hay, está hoje em Goiânia, onde realiza show no ginásio Goiânia Arena.

Existe uma certa apreensão em torno do espetáculo. Causa: efeito pós-Chrissie Hynde, que não se deu bem sábado passado no Goiânia Arena (ver Ironia e descaso). Imagino, no entanto, que o episódio Chrissie Hynde não se repetirá tão cedo. Mas é só um palpite.

Serviço
Colin Hay
Quando: Hoje, a partir das 22 horas
Onde: Goiânia Arena
Ingressos: R$ 25 (pista)
R$ 30 (cadeira verde)
R$ 40 (cadeira vermelha)
R$ 50 (camarote com open bar)
R$ 180 (mesa normal)
R$ 250 (mesa vip)
Mais informações: 9628-1111 e 9977-9349

4.11.04

Rosa e punk

Em breve, três moças vão balançar o mundo dos blogs com o Rosa Punk. Andrea Regis, Káttia Daniel e Lucimeire Santos prometem falar mal de todo mundo. O site deve entrar no ar nos próximos dias.

Goiânia em Cena

Tem início hoje a apresentação das peças e espetáculos da terceira edição do Goiânia em Cena. Dentro do possível, algumas das peças serão comentadas aqui neste blog.

A programação completa pode ser conferida clicando aqui. Os ingressos podem ser adquiridos no Shopping Bougainville, no terceiro piso. O preço de cada peça deste ano, em vez dos R$ 4 do ano passado, será de R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Mais informações pelo telefone 541-7588.

Festival francês começa hoje

Com sete filmes no total, começa hoje, no Cine Lumière, o III Festival de Cinema Francês. O evento vai até dia 11 e terá, a partir de amanhã, a exibição de dois filmes por dia.

Hoje, na abertura, haverá a exibição de A Voz do Coração, filme que conta a história de um maestro que encontra o antigo diário de seu professor de música, o que o faz se lembrar de fatos de sua infância. É o filme de estréia do diretor Christophe Barratier.

Antes da sessão, que tem entrada franca, os cantores João Marcelo e Maria Eugênia interpretam clássicos da música francesa em show acústico. Do lado de fora, Rosa Berardo expõe fotos de Paris.

Veja abaixo a programação completa do festival:

04/11 - Quinta
20h00 - Show com João Marcelo e Maria Eugênia
21h30 - A Voz do Coração

05/11 - Sexta
15h30 e 19h30 - A Voz do Coração
17h30 e 21h30 - Desde que Otar Partiu

06/11- Sábado
15h30 e 19h30 - Uma Amizade sem Fronteiras
17h30 e 21h30 - A Voz do Coração

07/11- Domingo
15h30 e 19h30 - Desde que Otar Partiu
17h30 e 21h30 - Dupla Confusão

08/11- Segunda
15h30 e 19h30 - Dupla Confusão
17h30 e 21h30 - Herói por Acaso

09/11 - Terça
15h30 e 19h30 - Nossa Música
17h30 e 21h30 - Uma Amizade sem Fronteiras

10/11 - Quarta
15h30 e 19h30 - Place Vendôme
17h30 e 21h30 - Nossa Música

11/11- Quinta
15h30 e 19h30 - Heróis por Acaso
17h30 e 21h30 - Place Vendôme

Ironia e descaso



Podem até insistir em classificar meu comportamento de anti-musical mas, sob qualquer ponto de vista que observo, reafirmo que o show de Chrissie Hynde (Pretenders) ficou abaixo da expectativa.

É preconceito tachar de "cowboy" quem não conseguiu apreciar a prepotente Chrissie Hynde no palco do Goiânia Arena. Sim, o ginásio estava longe de lotado. Mas ela desagradou o pouco público que compareceu, fazendo de tudo para o show ficar ruim. O público entendeu o recado e também fez sua parte para ele ficar ainda pior.

O problema não foi a bossa nova. Houve exagero do público nas vaias a Moreno Veloso. Mas foi inexplicável a voz de Moreno dominar todo o início do show. Sem ter qualidade para tanto.

Entre os momentos bons, destaque para Bless You (Lennon), Don't Let Me Down (Beatles), Wait In Vain (Bob Marley) e os rearranjados Back On the Chain Gang e Don't Get Me Wrong. Mas os fãs sentiram falta de Brass In Pocket.

Entre ironias, palavrões e descaso, Chrissie Hynde teve seu momento de demonstração de força: proibiu a venda de hambúrgueres e hot-dogs em seu show. Reclamou também dos carnívoros, como sempre faz. E engatou um I’ll Stand By You.